Meu Irmão E Eu. Paulo Nunes

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Meu Irmão E Eu - Paulo Nunes

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que você foi levado ao mundo dele muito rapidamente. Tudo aconteceu de uma forma muito sexual. Você se impressionou. E tem motivos para ficar impressionado. Realmente, tudo que eles fizeram com você foi muito forte. Não sei como me sentiria se tivesse acontecido comigo.

      Richard contou-me que das duas vezes em que saiu com Pablo, não percebeu aqueles gostos exóticos no sexo, e que gostou de ter ido para a cama com ele. Disse, ainda, que o lance deles era mais amizade, pois tinha percebido que Pablo não estava à sua altura. Completou, dizendo que não iria se casar com um fisioterapeuta e morar no Brooklyn. Almejava bem mais para si. Ao final da nossa conversa, tive vontade de revelar a ele o que aconteceu com papai em Monte Carlo, mas o barulho da porta batendo me fez parar. Era Marcus que chegava.

      — Vem! Vamos falar com meu irmão — agarrando-o pelo braço e caminhando à sala.

      — Oi, Richard! — disse meu irmão.

      — Oi, Marcus! Chegando do trabalho?

      — Sim. Por esta semana, chega. Vou aproveitar para passar o fim de semana com o aniversariante — e apontou o rosto para mim, sorrindo.

      Adoro meu irmão!

      — Vim dar um abraço nele hoje, pois amanhã terei de fazer uma viagem e não estarei aqui.

      — Que pena, Richard! Estamos pensando em ir ao Barbetta para jantar. Seria bom se estivesse conosco. Se mudar de ideia, apareça — disse Marcus, beijando-me o rosto e caminhando para seu quarto.

      Despedi-me do meu amigo e voltei ao quarto mais aliviado por ter conversado com alguém sobre o que aconteceu com Pablo. Depois, fui ver meu irmão para saber a que horas iríamos jantar.

      — Marcus? Marcus? — chamei, batendo na porta e entrando em seu quarto.

      — Oi, maninho! Estou no banho — respondeu ele.

      Alguns passos foram o suficiente para que conseguisse empurrar a porta entreaberta do banheiro. Um cheiro de jasmim me recepcionou. Ele estava dentro do box, com o chuveiro ligado, ensaboando o peito e cantarolando. Escorei-me à cômoda do espelho e cruzei os braços.

      — A que horas vamos jantar? — perguntei.

      — Fiz reservas para as 21h. Tudo bem para você?

      — Tudo bem. E seremos só nós? — perguntei novamente.

      — Não! Aidan não vai, se é o que quer saber. Não o convidei, mas ele sabe que seu aniversário é amanhã. Então, pode ser que ele o procure. Vocês não se viram mais?

      — Disse a ele que precisava de um tempo. Desde a véspera de ano novo que não o vejo. Já faz alguns meses. Sempre recebo mensagens dele no celular, mas não me sinto preparado para encontrá-lo.

      — Sabe que torço por vocês, não é, maninho?

      — Sei, sim — respondi, desconcentrando-me da conversa.

      Marcus tinha um sabonete verde claro nas mãos e, depois de ensaboar o abdome, enquanto conversava comigo, lavava o pênis e as virilhas. Dobrava os joelhos, o que permitia às mãos alcançar o interior das coxas. Ele olhava para baixo e ensaboava a glande do pênis, puxando o prepúcio para trás. Era um movimento sexy. E eu não conseguia parar de olhar. Estava ficando excitado. Nisso, uma voz feminina me fez piscar os olhos. Era Núbia.

      — Então vocês estão aí! — exclamou ela, sorridente, entrando no banheiro, beijando-me o rosto.

      — Amor, o aniversário de Gaius é amanhã. Acho que vamos jantar no Barbetta. Às 21h está bom para você? — perguntou meu irmão, desligando o chuveiro e tomando a toalha nas mãos.

      — Tudo bem. Quer dizer que amanhã você faz dezoito, é? Que bom! Aidan vai conosco? — indagou Núbia, olhando-me, curiosa pela resposta.

      — Acho que seremos apenas nós — respondi, saindo do banheiro.

      — Nós amamos muito você. Não esqueça! — afirmou Marcus, com a toalha na cintura e me mandando um beijinho com os lábios, enquanto eu saía do banheiro.

      Retribuí o beijinho de longe e saía do quarto deles, quando ouvi Núbia dizer que precisava chamar a babá para ficar com Arthur no dia seguinte.

      Era uma voz doce, angelical, repetitiva e manhosa. Então, percebi que alguém estava empurrando meus ombros.

      — Acorde, tio! Acorde!

      Abri meus olhos. Era Arthur, ainda de pijama. Meu Deus, que horas são? Abracei-o junto ao meu corpo e envolvi a nós dois com as cobertas.

      — Fique aqui quietinho com o tio. Vamos dormir mais um pouco.

      Foi quando o susto invadiu meus ouvidos.

      — Tio, papai me mandou acordá-lo. Vovô chegou de viagem e quer falar com você.

      Arregalei os olhos e sentei na cama ao mesmo tempo, repentinamente.

      — Quem está aqui, Arthur? — perguntei.

      — Vovô Lucas está na sala. Ele veio falar com você — respondeu.

      O pavor me possuiu. Levantava-me, apressadamente, quando a porta do meu quarto se abriu. Era Marcus. Ele me olhava sério.

      — Oi, maninho. Parabéns! Papai está na sala. Ele quer falar com você a sós. Posso trazê-lo aqui? — perguntou, beijando-me o rosto, enquanto me parabenizava.

      — Não! De jeito nenhum! O que ele quer comigo? Não vou ficar sozinho com ele, Marcus! — respondi, agitado.

      — Calma. Calma. Vou dizer a ele que você vai até a sala e que conversam lá. Certo? — perguntou, tentando me tranquilizar.

      — Você e Núbia podem ficar comigo? — perguntei, pedindo.

      — Claro, maninho. Não se preocupe. Não vai acontecer nada. Vá se vestir. Nós o esperamos lá. Vamos, Arthur?

      — Não! Arthur vai comigo! — disse eu.

      Depois de vestir minhas sandálias de dedo e meu roupão, segurei na mão de Arthur e me dirigi à sala. A cada passo que dava, apertava a mão do meu sobrinho com mais força. Estava nervoso, e curioso, também. Meu coração estava acelerado e eu podia ouvir seus batimentos descompassados. Já na sala, vi Marcus e Núbia sentados no sofá, diante de um homem maduro, vestido elegantemente. O homem usava terno e gravata azul marinho. Seus sapatos eram brilhosos. E seu cabelo estava penteado classicamente. Ao fundo da sala, vi um homem de branco, que estava em pé, de costas para mim, olhando a rua através da vidraça da janela. Era papai. O silêncio só foi rompido, quando o homem de terno azul levantou-se e disse:

      — Senhor Barrys, bom dia! Feliz aniversário! Chamo-me Alexander Walker. Sou advogado da House’s Barrys. Seu pai e eu queremos falar com o Senhor — disse educadamente, estendendo e apertando minha mão.

      — Obrigado, Senhor Walker. Mas, por favor, chame-me de Gaius — e soltei a mão dele, tornando a segurar a de Arthur.

      Nesse momento, papai se virou para mim. Meus olhos ainda contemplavam as

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