Ligação De Sangue (Ligação De Sangue – Livro 5). Amy Blankenship

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Ligação De Sangue (Ligação De Sangue – Livro 5) - Amy Blankenship

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ilha privada no meio do oceano. Ren virara-se para ficar frente a frente com o homem por trás das barreiras encriptadas – Storm.

      Ren sacudiu a cabeça ao lembrar-se desses primeiros momentos. Storm tinha todo o aspeto de um cantor de banda de rock dos anos 80, não da grande mente por trás do grupo de pessoas mais secreto do mundo.

      Storm apenas sorrira e removera a mão que ainda lhe agarrava o ombro. “Estás a tentar reformar-te da PIT da forma mais dura e rápida? Porque é que não ficas por lá mais um pouco? Não gostava nada de perder o meu melhor amigo antes mesmo de termos a oportunidade de nos tornarmos amigos.”

      “O quê?” Ren encolheu-se, levando a mão ao peito onde o demónio tinha tentado arrancar o seu coração.

      “Desculpa”, suspirou Storm esticando-se novamente na direção dele. Subitamente, estavam nas instalações metade subterrâneas, metade subaquáticas que estavam ocultas nas profundezas da ilha. “Não há aqui ninguém com o poder de curar, mas posso sempre levar-te a alguém que o consiga fazer, se preferires.”

      “Não”, rosnou Ren. “Se me deres agulha e uma linha, acho que consigo ficar num sítio só durante uns minutos.” Inclinou-se sobre um armário, tentando manter-se fora do alcance de Storm. “E se me tocares outra vez, vais ficar sem a mão.”

      Storm riu-se e abriu um dos armários superiores, acenando com a mão para mostrar todos os suprimentos médicos. O seu sorriso desvaneceu quanto Ren desapertou a camisa e Storm viu os golpes profundos que o demónio tinha feito. Mais alguns segundos e Ren teria sucumbido.

      “Acho que, como tens um fetiche por demónios, poderás ter de aprender um pouco sobre eles antes de desafiares um deles para lutar.” Storm desviou o olhar das marcas das garras, já sabia qual seria o aspeto das marcas. Já conhecia Ren há muito tempo. Aquela amizade ainda não estava formada.

      Ren esticou o braço para o armário aberto e agarrou no que parecia um kit de pontos esterilizado, depois dirigiu-se ao espelho pendurado na parede. “Se conheceres um demónio, é como se já os tivesses conhecido a todos, certo?” Não conseguia disfarçar o sarcasmo na sua voz enquanto tentava mentalmente bloquear a dor. Não estava a funcionar.

      “Errado.” Storm corrigiu-o – “Só sabes aquilo que eu permiti que fosse carregado na base de dados.” Sentou-se na cama de hospital que estava no meio da divisão.

      Ren olhou pelo espelho para o homem atrás dele. As coisas ocultas naquela base de dados eram o suficiente para incendiar o mundo, ao ponto da mera existência dessa base de dados ser um perigo. Era difícil de acreditar que ainda pudesse haver mais. Mas ele também sabia de algumas coisas que nem sequer estavam na base de dados.

      “Estou a ouvir.” E ele ouviu, durante semanas.

      O Storm estava certo em manter a informação que tinha partilhado fora dos arquivos, pelas mesmas razões que levavam o Vaticano a manter arquivos em cofres secretos. Se algumas destas informações chegassem à população normal, seria o fim do mundo como o conhecemos.

      Ren sabia, sem sombra de dúvidas, que ele ainda estava a reter informações porque, quaisquer que fossem os deuses que lhe tinham dado o poder de saltar através do tempo e do espaço, também tinham garantido que seria perigoso para ele contar a alguém o que quer que fosse para além do momento presente. Podia ser o melhor professor de história do mundo. Mas se Storm tentasse contar a alguém sobre o futuro, isso poderia romper o vínculo espaço-tempo…e o vínculo era o próprio Storm.

      Também estava certo em relação à sua amizade. Eles tornaram-se amigos desde o primeiro dia e isso já era muito, tendo em conta que nenhum deles confiava em ninguém. A verdade é que eram muito parecidos em vários aspetos.

      O pequeno refúgio de Storm na ilha era, na verdade, proveniente do passado, mas Storm dera-lhe todos os confortos de uma mansão moderna e base futurista. Um lado do edifício dava a Ren a sensação de estar num enorme aquário, enquanto o outro lado estava embutido na rocha robusta que rodeava a ilha. A maior vantagem do local era o isolamento completo. Este era o único local onde Ren podia vir em que nada de paranormal poderia tocá-lo, à exceção da capacidade de Storm de saltar no tempo.

      À primeira vista, pensara que Storm estaria apenas na casa dos vinte anos, mas depois de o conhecer há mais de dez anos, Storm não envelhecera um único dia, por isso perguntava-se há quanto tempo é que Storm andaria por aí. Até o próprio envelhecimento de Ren tinha abrandado por causa de passar tanto tempo com Storm e os seus poderes.

      Ren recuou quando uma voz o sacudiu dos seus pensamentos.

      “Acabei de te tornar no orgulhoso proprietário de uma das casas mais antigas de LA” – anunciou Storm, aparecendo ao fundo do longo cais que o levava para fora da ilha. Esboçou um sorriso afetado ao ver Ren praticamente saltar fora da sua pele.

      “Raios, importas-te de fazer algum ruído quando apareces assim do nada?” Ren virou-se e encostou-se à balaustrada, vendo o olhar satisfeito no rosto de Storm.

      “Estavas à espera de outra pessoa?” Storm riu-se.

      Ren dirigiu-lhe um olhar irritado, já que nunca ninguém tinha posto os pés na sua ilha. “Ok, vou morder o isco. Porque é que me compraste um barraco velho e degradado? Nem sequer faço anos.”

      Sem aviso, Storm dirigiu-se a ele e agarrou o ombro de Ren e o oceano afastou-se, deixando-os de pé na relva e de frente para o que poderia ser uma mansão gótica moderna feita de pedra escura. Ouvindo o rebentar das ondas, Ren olhou para a direita para ver o mar. Virando-se num círculo completo, franziu o sobrolho ao notar que a estrada de acesso se prolongava até perder de vista e o lado esquerdo consistia apenas numa espessa floresta.

      “Não mau para uma cabana degradada” – Storm acenou na direção da casa. “Duzentos metros quadrados de mar à frente e remodelada com todas as atualizações. É difícil de acreditar que isto já tenha sido um pequeno castelo.

      “Nem é muito” – Ren virou a cabeça e olhou para Storm. – “Qual é a contrapartida?”

      “LA precisa de ti” – Storm encolheu os ombros e avançou. “Não consegues senti-lo?”

      Ren não respondeu enquanto seguia Storm para entrar na casa. A verdade é que o seu sensor de aranha lhe dizia para fugir a correr. Los Angeles… Para já, parecia-lhe mais umas férias forçadas.

      Uma vez lá dentro, deu por si num enorme espaço circular com uma escadaria sinuosa e aberta no lado oposto da divisão, levando ao piso superior que se dividia em duas alas separadas. Storm dirigiu-se às enormes portas duplas à direita, por isso Ren suspirou e seguiu-o.

      “Isto já é mais o meu estilo”. Ren respirou fundo ao ver sistemas de monitorização de uma parede a outra e uma secretária de vidro com computador integrado.

      “Achei que ias gostar disto”. Storm esticou-se no sofá isolado num canto vazio da divisão enorme. Observou Ren enquanto este deslizou para trás da secretária e começou a investigar os controlos. “Ninguém te consegue rastrear aqui, a não ser talvez tu mesmo…e felizmente, tu não contas.”

      Storm viu os olhos do amigo brilhar quando Ren pairou as mãos sobre o teclado. Era um poder estranho de se ter e ele não conhecia mais ninguém que o conseguisse fazer, mas era assim que Ren conseguia invadir as firewalls da PIT, que eram cem anos mais avançadas que as que o governo já tinha. Ele estava literalmente a sugar toda a informação daquele computador e, imaginava ele, ainda lhe estaria a ensinar uma coisa ou outra.

      Era

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