Magia, Caos & Assassinato. January Bain

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Magia, Caos & Assassinato - January Bain

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mim pela minha avó Dóris pelo lado da minha mãe — elas desapareceram. E eu vou apostar que a culpada é Suzanna. Nunca confie em uma empregada que sorri. Está sempre tentando esconder alguma coisa.

      — Suzanna não faria isso. — Esfreguei a dor repentina no meu pescoço, assistindo meu lanche no meio da manhã sumir. Eu ainda precisava assar meus muffins favoritos — com cobertura de limão. Quem diz que muffins não precisam de cobertura? A dama em questão, no entanto, vivia a apenas um quarteirão do nosso café, o que era parte do problema. Qual era aquele dizer sobre a familiaridade criar desprezo? Isso é o dobro — não, o triplo — no caso da Sra. Hurst. — Certo. Venha imediatamente. Eu não quero você culpando mais ninguém. Tenho certeza que você só não lembra onde as colocou.

      — Bem, isso é o que veremos.

      Nós certamente vamos. Meu dom — de rastrear as coisas — resolveria isso. Agora, se apenas meu dom incluísse dar a um cliente uma ordem secundária e automática de gentileza, poderíamos estar chegando a algum lugar.

      Como esperado, a Sra. Hurst estava batendo na porta da frente menos de dois minutos depois. Mesmo no nosso dia de folga, não podia me dar ao luxo de ignorar o que ela pedia. Ela era uma das nossas melhores clientes.

      — Esse cheiro é de geleia de damasco? — ela perguntou, passando pela porta, fazendo os sinos chacoalharem com interesse. Eu mal tive tempo para abrir a tela mosquiteiro da porta. Não tenho ideia de como ela faz isso. Na maioria das vezes as minúsculas estátuas de anjos cantavam para anunciar um cliente, e não gritavam sua desaprovação.

      Ela não me deu a chance de responder, se movendo rapidamente. — Porque se for, quero fazer meu pedido agora de uma dúzia de potes. Não, espere um minuto, quero duas dúzias, se eu receber um desconto adequado. — Ela balançou suas sobrancelhas grossas para fazer sua sugestão clara. Eu entendi. Tão generosa quanto simpática. — Eu vou enviar algumas com a minha sobrinha que vem me visitar amanhã. Ela pode dividir com o resto da família.

      — Sua sobrinha Geórgia? — Eu perguntei, liderando o caminho para o canto de trás até a cabine pequena que ficava lá, com seu dossel de tecido azul meia-noite. Nós preferimos nos revezar fazendo leituras em particular. Tulipa era a melhor na interpretação dos sonhos, Estrela no tarô e eu em rastrear objetos perdidos. Estrela, nossa residente amante de glitter, adicionou uma estrela de ouro extragrande sobre a entrada, claro.

      Nossa cliente estava em boa forma naquela manhã. Seu vestido de cintura alta azul marinho impecável mantinha sua ampla figura justa e sua coroa dura de ondas pretas tingidas estava alinhada em linhas rígidas. Seus olhos cinzentos semelhantes aos de um lobo me assustavam, eu admito. A mulher estava sempre procurando por falhas ou algo para reclamar. Ela se sentou e colocou as palmas das mãos para cima na pequena mesa de madeira. Havia rumores de que ela era a pessoa mais rica do Lago Nevado, embora nunca tivesse tido muitos clientes em sua loja. Deve estar vendendo suas antiguidades online. Móveis usados venderiam melhor no Lago Nevado.

      — Estou com pressa. Vamos logo com isso.

      — Apenas pense sobre o que você perdeu.

      — Eu sei o que fazer.

      — Claro — murmurei, ignorando sua impaciência. Respirando fundo, coloquei minhas mãos sobre as dela. Eu respirei fundo novamente, depois soltei o ar, ignorando qualquer coisa que estivesse na minha mente.

      Eu fechei meus olhos e esperei. Saindo da escuridão, uma imagem apareceu, desfocada no início, então mais clara, enquanto se tornava em algo reconhecível. Uma corrente espessa de pérolas brancas suaves. Onde você está?

      A imagem expandiu para fora e para cima, como a abertura de uma câmera se abrindo, expondo um conjunto de gavetas de cômoda e um pedaço de carpete bege. Calafrios passaram pelos meus antebraços, adicionando uma vibração estranha. Eu tremi e puxei minhas mãos para longe das dela com medo. Outras vibrações estavam chegando pelo canal que tinha sido aberto, sem parar, embora a conexão tivesse sido cortada. A sensação me acertou com tal força que agarrei a borda da mesa para me manter ereta. Isso foi novo. Claro, sempre senti algumas vibrações ruins vindo dela, eu acho que todo mundo sentia, de acordo com a fofoca que eu tentava ignorar — mas nada tão intenso.

      — Elas caíram através de uma rachadura na parte de trás da sua cômoda entre o carpete e a parede. — Meus lábios estavam endurecidos de pavor, as palavras saindo estranhas e agudas.

      — Você tem certeza? — Ela perguntou, seu tom cético, seus olhos redondos perfurando os meus.

      Me esforcei para manter a calma, não querendo que ela visse o estado em que eu estava. Ela era como um gato selvagem perseguindo sua presa. Eu tremi. — Tanta quanto eu posso ter.

      — Você não se importa de esperar, então, até eu verificar antes de pagar você? Isso vai lhe dar tempo para considerar um desconto adequado para a geleia.

      Eu me contorci com sua condescendência, suor escorrendo pelas laterais do meu corpo. Uma alma velha tão adorável. Mas isso manteve minha mente longe da experiência indesejada.

      — Sem problemas. Mesmo acordo de sempre. — Eu fingi indiferença, incerta do que tinha acabado de ocorrer, e rezando para que nunca acontecesse novamente. Algumas vibrações negativas eram uma coisa, mas isso tinha sido algo muito mais poderoso. E assustador.

      — E entregue a geleia assim que estiver pronta. Oh, pensando melhor, vou levar um pote agora.

      Eu dei um breve aceno com a cabeça. Ela se levantou e eu ouvi vagamente ela ordenando que Estrela levasse a geleia. Eu fiquei na cabine, mastigando a unha do meu polegar. Algo de ruim vai acontecer? Eu nunca tinha tido uma premonição de tal magnitude. Elas eram geralmente algo como alguém ligando e então o telefone tocando um minuto depois, e era esse alguém. Isso, seja o que for, não tinha senso de direção, apenas uma sensação esmagadora de pressentimento. Certo. Deixe para lá. Eu tinha coisas para fazer.

      Capítulo Três

      Depois de pegar um monte de baldes brancos reciclados de sorvete com alças úteis de debaixo de um balcão para coletar as bagas, eu saí pela porta da frente do café. Parei bruscamente e cutuquei o fundo da minha cabeça. Como posso ter esquecido? Deve ter sido a conversa sobre aqueles malditos comestíveis. Ignorei a outra parte mais escura, já que um dos meus lemas era, não pense nisso e isso vai sumir. Eventualmente.

      Por que eu concordei com isso? Agora eu seria um rato molhado durante a maior parte da tarde. Por causa do orçamento de Natal da cidade, é por isso. Mas pelo menos eu não tinha que beijar uma mula como a moça do correio fez. Ela já levantou mil e quinhentos dólares, o que era bastante impressionante para a nossa cidade pequena. Encharcar uma McCall

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