Magia, Caos & Assassinato. January Bain
Чтение книги онлайн.
Читать онлайн книгу Magia, Caos & Assassinato - January Bain страница 8
— Estrela. — Balancei a cabeça. — Ok, saia daqui. Tulipa e eu vamos lidar com isso.
Ela me deu uma apunhalada final com os olhos irritados, saindo zangada pela porta da frente.
— O coração dela estava no lugar certo — Tulipa murmurou, apenas fazendo minha culpa ficar mais profunda.
— Sim, eu sei. Vamos lá, nós temos biscoitos para assar e bagas para limpar. E eu quero ver pelo menos um dos números de Estrela hoje à noite. Eu convidei alguém.
— Mesmo. Quem?
— O novo policial da cidade. Ace Collins. Acabou de chegar.
— Legal. Deve ter sido no fim desta tarde então. — Tulipa olhou para o relógio na parede, um dos meus favoritos, com sua imagem alegre de um galo cantando sobre o tempo. — A última atualização que recebi da tia T.J. foi às quatro e meia. Uma hora atrás.
— Provavelmente tirou uma soneca. Eu esperaria uma ligação a qualquer momento.
Assim que eu falei, o telefone tocou.
Tia T.J., apelido para Tegan Jane, vivia na Rua do Telégrafo, ao lado da biblioteca da cidade. Eu amo a casa dela, feita no estilo gingerbread3 com toques extravagantes como almofadas bordadas com provérbios antigos que aquecem o coração. Ela era a irmã mais nova da vovó por uma década, e pela reação de Tulipa, não precisava de um paranormal para saber que ela estava ligando.
— Tia T.J.. Claro, Encanto acabou de me dizer.
— Diga a ela que ela está falhando — eu provoquei. Arrastei as bagas para a cozinha. Se eu trabalhar como uma louca, posso terminar a tempo para um banho rápido e a segunda música da Estrela.
Três horas suadas depois, as bagas estavam no refrigerador e uma fornada enorme de biscoitos de manteiga de amendoim estava empilhada em bandejas de plástico transparentes.
— Você quer fazer o Feitiço Kismet? — Perguntei a Tulipa.
— Não, não tenho muita energia sobrando. Você faz.
— Agradecemos por esta recompensa da terra sagrada. Que este alimento seja seguro e nutritivo para todos os que o consumam e os abençoem à saúde ideal, dando energia, vigor e bem-estar. — Enviei minhas intenções positivas para o universo, visualizando o fluxo como um círculo de amor, apreciando o puxão no meu espírito.
— Droga, nós não abençoamos o pote de geleia que a Sra. Hurst levou. — Eu franzi a testa para Tulipa, não gostando da omissão.
— Vai ficar tudo bem, Encanto. Estou indo para casa me trocar. Vejo você lá. — Tulipa tirou o avental e saiu do café. Eu me arrastei passo a passo até as escadas de trás para a minha suíte e olhei para a porta fechada de Ivana. Um passo rangeu sob o meu pé e me encolhi, parando no meio do movimento. Eu rezei.
Mas não tive tanta sorte. Uma porta se abriu e nossa inquilina ficou ali, com as mãos em seus quadris curvilíneos. Seu cabelo vermelho selvagem dava uma impressão de movimento sinistro semelhante à famosa Medusa, mesmo quando ela estava parada. Seus olhos cinzentos me prenderam na parede e eu jurava que uma faísca saltou dela para pousar na minha camisa. Eu distraidamente passei a mão nela. Ela estava na casa dos trinta anos e era alguém que eu nunca queria aborrecer. Eu acho que ela tem relação com a máfia russa — pelo menos ela sugeria isso com frequência suficiente quando ela já tinha tomado algumas doses de vodca. É claro, todos a amavam. Esperto.
— Ivana, como está? — Perguntei, minha garganta apertando. Não havia muitas coisas que eu tinha medo, mas Ivana Petrov? No topo da lista com o Pé Grande. O inglês quebrado e seco dela apenas a tornava mais assustadora.
— Não muito bem.
— Oh? — A pele na parte de trás do meu pescoço formigou. — O que aconteceu?
— O que eu fiz para merecer tal insulto! Você não pensou em me convidar. Melhor amiga e vizinha do peito. — Ela estava sob a ilusão de que era tudo verdade. Ela bateu uma vez em seu coração sobre seu espetacular busto com um punho fechado, como se tivesse escolhido ser martirizada ao amanhecer no pátio.
— Bem, você sempre está convidada para tudo. Você sabe disso. — Eu estava ficando presa em um limbo, mas parecia a melhor saída. Ivana tinha uma reputação que ela trabalhava duro para manter, talvez sem saber — de agitadora. E em uma cidade conhecida por ter pessoas engraçadinhas, isso era uma façanha. O Lago Nevado ficava isolado do resto do mundo, especialmente no pico do inverno quando ficamos conectados apenas por estradas perigosamente congeladas, ou pelo nosso minúsculo aeroporto que esperava que um passageiro deixasse seu primogênito como garantia, então somos adeptos de fazer nosso próprio entretenimento em casa.
— Estrela canta como um doce pássaro do paraíso. Obrigada pelo convite formal. — Ela era toda sorrisos agora, e nisso eu confiava ainda menos.
Soltei a respiração que eu estava segurando. Eu já deveria estar acostumada com os dramas dela — ela era nossa inquilina há seis meses — mas eu continuava esperando que algo de ruim acontecesse. E acertasse minha cabeça. — Estarei pronta em vinte minutos. Quer ir caminhando comigo? — Não havia lugar na cidade que não pudemos alcançar em menos de quinze minutos.
— Eu aceito. — Ela bateu a porta atrás de si mesma para pontuar sua observação.
Eu abri a porta para o meu pequeno apartamento de três cômodos, desejando que eu pudesse me enrolar no sofá de camurça confortável e suave, para uma soneca bem longa. Em vez disso, corri para o quarto e tirei todas as minhas roupas, joguei-as no cesto de roupas, pulei no chuveiro para um banho de cinco minutos e depois saí para uma rápida aplicação de maquiagem.
Decorei os cílios ao redor dos meus olhos — meu melhor atributo, na minha humilde opinião — com lápis preto e rímel, seguido por uma rápida aplicação de pó translúcido no meu rosto e batom líquido brilhante nos meus lábios. Sequei meu cabelo com o secador e escovei meu cabelo que ia até a cintura até ele brilhar, segurando as ondas para trás com uma faixa de cabelo dourada. Sim. Vovó tem razão. Branca de Neve. Não importa quanto tempo eu passe ao sol, acabo ficando com a cor de alabastro. Suspirei. Apenas uma vez queria ser bronzeada, loira e ser três centímetros mais alta, como minhas lindas irmãs. Eu teria que me contentar em ser um gênio, ou pelo menos era assim que minhas irmãs adoravam me provocar.
Verifiquei o relógio ao lado da minha cama. Caramba. Dois minutos para me vestir. Ivana não era uma mulher paciente. Empurrando para o lado três quartos das escolhas no meu armário, todas ideais para trabalhar no café ou vadiar na floresta, eu encontrei. Meu vestido vermelho favorito. Me atrevo?
Deslizei dentro dele e alisei o tecido sedoso sobre meus quadris. A saia chegava à altura dos joelhos, onde se alargava — perfeitamente respeitável, caso qualquer um dos amigos da vovó falassem de mim — e cobria apenas o suficiente do meu busto avantajado para chamar a atenção de um homem. Quanto tempo faz desde que eu tive um namorado? Eu não queria pensar nisso. Deprimente demais. No Lago Nevado, minhas irmãs tinham toda a atenção, especialmente Estrela, que recebeu o nome perfeito.
Uma