Poder e sedução. Michelle Smart

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Poder e sedução - Michelle Smart MINISERIE SABRINA

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style="font-size:15px;">      – Sim?

      – Eva, és tu?

      A graça do momento desapareceu por completo.

      – Sim, quem fala? – perguntou ela, embora o tom de voz e o sotaque de Daniele Pellegrini fossem inconfundíveis.

      – Sou o Daniele Pellegrini. Tenho de te ver.

      – Fala com a minha secretária e marca uma hora.

      Ela não tinha secretária e ele sabia.

      – É importante.

      – Tanto faz. Não quero ver-te.

      – Quererás ver-me quando souberes porque tenho de o fazer.

      – Não, não quererei, és um….

      – Um homem que tem uma proposta que favorecerá o teu acampamento – interrompeu ele.

      – O que queres dizer? – perguntou ela.

      – Encontra-te comigo e descobre. Prometo-te que te compensará e ao teu acampamento.

      – O meu próximo fim de semana de folga é…

      – Estou a chegar a Aguadilla. Farei com que te tragam.

      – Quando…?

      – Esta noite. Vou mandar alguém dentro de duas horas.

      Depois, desligou.

      Capítulo 2

      Ficou atónita quando viu o hotel luxuoso a que o motorista de Daniele a levava. Era o mesmo hotel em que jantara com ele quando a enganara para sair com ela. O Hotel Éden era o mais luxuoso de Aguadilla e era lá que os ricos se hospedavam. Tinha as únicas calças de ganga limpas e uma camisa preta por engomar porque houvera um corte de eletricidade no acampamento.

      Da primeira vez, quando Daniele a levara ao hotel, porque se dignara a conduzir o carro, ficara imediatamente furiosa.

      – Disseste que era uma conversa informal sobre o hospital.

      Achara que jantariam em algum dos muitos restaurantes que havia à beira do mar e que eram famosos porque serviam uma comida excelente e barata, porque tocavam música alegre e porque tinham um ambiente muito acolhedor.

      – Efetivamente, vai ser assim – replicara ele.

      Isso enfurecera-a ainda mais. Tinham passado junto de clientes vestidos de gala e sentira-se deslocada.

      Jantar naquele restaurante fora humilhante da primeira vez, mas já estava pronta e atravessou o vestíbulo do hotel com a cabeça muito erguida. Não se sentiria inferior, mesmo que parecesse uma mendiga.

      Um empregado do hotel dirigiu-se para ela e pôde ver que, segundo a chapa que tinha na lapela, era o diretor-geral.

      – Senhora Bergen…? – perguntou ele, com cortesia.

      Assentiu. Supôs que teria sido muito fácil descrevê-la, que bastava dizer que era uma mulher com o cabelo vermelho que não encaixava ali.

      – Acompanhe-me, por favor.

      Seguiu-o e passaram junto de uma cascata enorme, junto do restaurante onde tinham jantado da outra vez, junto de lojas de roupas e de mais restaurantes e chegaram a um elevador com o seu próprio empregado. Então, quando o diretor carregou no botão do último andar; ela alarmou-se.

      – Para onde me leva?

      – Para a suíte do senhor Pellegrini.

      Chegaram ao andar antes de ele acabar de responder e o empregado abriu a porta.

      Eva hesitou.

      Jantar na suíte privada de um hotel tinha conotações muito diferentes de jantar em público. Era uma insensatez, segundo qualquer critério, entrar sozinha na suíte de um homem rico.

      O diretor observou-a como se esperasse que abandonasse a segurança do elevador e entrasse na guarida do leão. Só tinha de se recusar e seria o mais sensato. Se Daniele Pellegrini tinha de a ver com tanta urgência que viajara até às Caraíbas só para falar com ela, então, também podia jantar com ela em público. Podia exigi-lo e ele não teria outro remédio senão aceitá-lo.

      No entanto, apesar dos seus defeitos inumeráveis, a intuição dizia-lhe que Daniele não era o tipo de homem que obrigaria uma mulher a fazer algo que não quisesse.

      Saiu do elevador e seguiu o diretor por um corredor amplo até uma porta. Bateu com firmeza e, imediatamente, um homem vestido de mordomo abriu.

      – Boa-noite, senhora Bergen – cumprimentou, num inglês impecável. – O senhor Pellegrini está à espera no terraço. Quer beber alguma coisa?

      – Um copo de água, por favor – replicou, fazendo um esforço para não ficar boquiaberta com a grandiosidade da suíte.

      Aliviou-a um pouco que houvesse um mordomo para os acompanhar.

      O diretor despediu-se e foi-se embora. Levaram-na para um divisão espaçosa de onde saíram para um terraço com uma vista incrível do mar das Caraíbas e das estrelas que o iluminavam. À esquerda, havia uma piscina ovalada e, à direita, uma mesa onde podiam sentar-se confortavelmente doze pessoas, mas que estava posta para dois. Daniele Pellegrini estava sentado. Levantou-se e dirigiu-se para ela com a mão estendida.

      – Eva, fico contente por te ver.

      Cumprimentou-a com um sorriso que contrastava com o ar de fúria que tivera no seu rosto há três dias, quando exigira que o ajudasse.

      Como não tinha muitas alternativas, apertou-lhe a mão. Não a sacudiu com energia, como ela esperara, mas apertou-a com uma certa delicadeza, puxou um pouco e deu-lhe um beijo em cada face.

      Sentiu um aperto no coração ao voltar a inalar o seu cheiro que, absurdamente, despertava todos os seus sentidos.

      Embora se odiasse pela vaidade, alegrou-se por ter tomado banho há tão pouco tempo. Daniele cheirava muito bem e voltava a esboçar esse sorriso que a derretia por dentro. Além disso, as calças cinzentas-escuras e a camisa branca estavam impecavelmente engomadas. Era tudo imaculado naquele hotel, até os hóspedes. À frente daquele homem tão incrivelmente atraente, voltava a sentir-se uma maltrapilha. Vivia num acampamento onde reinavam a lama e o pó e era impossível estar apresentável, por muito que tentasse.

      Alegrou-se ainda mais quando a soltou e teve de fazer um esforço para não esfregar a mão nas calças.

      – Parece que o nariz está a sarar – comentou ela.

      O inchaço diminuíra consideravelmente e voltou a sentir um arrebatamento de vaidade ao ver que os pensos continuavam no seu sítio. Tinha o olho esquerdo ligeiramente arroxeado, mas era a única coisa que indicava que se metera numa luta. Continuava curiosa por saber quem fora o adversário. Alguma autoridade corrupta de Caballeros? Um namorado ciumento?

      –

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