Os meus três amores - Tal como sou. Rebecca Winters

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Os meus três amores - Tal como sou - Rebecca Winters Omnibus Bianca

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para assinar, para me ceder a custódia.

      Contrariada, Rachel olhou para os papéis que lhe oferecia. Não queria pegar neles, não queria pensar que tinha razão a respeito dos motivos da sua irmã para a nomear como tutora, mas que aprendera há muito tempo que não servia de nada enganar-se.

      Nem tentar evitar a realidade.

      Ele olhou em seu redor e, depois, olhou para ela nos olhos.

      – É evidente que a situação está fora do seu controlo – comentou.

      – Isso é ridículo! – defendeu-se ela, ignorando os papéis e segurando nos babetes das crianças. – Não está fora do meu controlo. Só preciso de um pouco de tempo para me habituar.

      Ele levantou-se e deixou Cody ao lado de Jolie, no parque.

      – E enquanto se habitua, as crianças sofrem.

      Rachel sentiu que a raiva que estava a conter desde que abrira a porta começava a bulir no seu interior. Pôs as mãos na anca e olhou para ele, indignada.

      – Como se atreve? Não sofreram. Estou um pouco atrasada nos trabalhos da casa. E então? Apanhou-me num mau dia. Costumo arrumar quando estão a dormir, mas ontem à noite tinha de escrever. Tinha de fazer uma entrega.

      Ele apontou para a sala desarrumada, os olhos azuis brilhavam de impaciência.

      – Isto está aqui acumulado há mais de um dia. Torne as coisas fáceis para os dois. Renuncie à custódia e não terá de se habituar, não terá de andar atrás deles a arrumar.

      – Basta! – Rachel não aguentava mais.

      Entrou no seu quarto e pegou no saco das fraldas. Foi ao fraldário e arrumou fraldas, dois pijamas, um pacote de toalhetes e o leite em pó para o biberão no saco.

      – Acha que pode fazer melhor do que eu? – perguntou, passando ao lado de Sullivan, a caminho da cozinha.

      – Acho que é melhor acalmar-se – respondeu ele, com tanta calma que Rachel ficou ainda mais nervosa.

      Ela abriu a porta do frigorífico e suspirou ao sentir que a unha do dedo polegar ficava presa e se partia. Os seus olhos encheram-se de lágrimas, mas conteve-as. Não queria mostrar nenhum sinal de fraqueza à frente daquele homem frio que a observava e que julgava todos os seus movimentos.

      – Estou tranquila – declarou, arrancando a unha partida e pondo o dedo na boca enquanto segurava a porta do frigorífico com a anca, tirava dois biberões e os punha no saco das fraldas.

      Dirigiu-se para ele e pôs-lhe o saco nos braços.

      – Estou lindamente!

      Foi até ao parque, pegou em Jolie ao colo. Agarrou em duas mantas e tapou-a com uma delas. Depois, atirou a outra a Sullivan, que olhava para ela com receio.

      – Traga Cody.

      – O que está a acontecer aqui, Rachel?

      – Estou a fazer-lhe um favor – respondeu ela, procurando o seu casaco e tirando as chaves do carro. Depois, dirigiu-se para a porta.

      – Vai assinar os papéis?

      Ela riu-se.

      – Ainda melhor. Não vou assiná-los.

      Ele seguiu-a até ao Toyota e fê-la virar-se, com Jolie ao colo.

      – Onde pensa que vai?

      – Eu não vou a lado nenhum. O senhor é que se vai embora – tirou o saco com as coisas dos bebés, abriu a porta e atirou-o lá para dentro. – Queria os gémeos? Aqui os tem. Durante as próximas vinte e quatro horas.

      – Desculpe? Não estou habituado a receber ordens.

      – Claro que está, está no exército.

      Não podia discutir isso.

      A expressão dele não mudou, não ia ceder assim tão facilmente, mas ergueu-se, como se se preparasse para lutar e isso indicava que Rachel conseguira acertar onde mais lhe doía.

      Ela devia ter-se sentido envergonhada pela satisfação que sentia, mas aquele tipo estava a ameaçá-la a demasiados níveis.

      – Parece que pensa que é fácil tratar de dois bebés – continuou Rachel, abrindo a porta de trás, sentando Jolie e prendendo-a na sua cadeira. – Muito bem. Vai ter uma oportunidade.

      Sullivan deixara a porta aberta. Cody não gostava de ficar sozinho na casa e começou a gritar. Rachel olhou para Sullivan com desdém.

      – Talvez queira começar por ir buscar Cody – sugeriu.

      – Só quando entender o que se passa aqui.

      Ela fechou a porta do carro e manteve a distância, permanecendo afastada da sua atracção. Como era possível que aquele estranho tivesse tal efeito nela?

      – A primeira coisa que tem de saber é que não tem de se ir embora quando um bebé chora.

      Ele passou uma mão pelo cabelo escuro.

      – Tem razão.

      Voltou para a casa e regressou alguns segundos depois com o casaco debaixo de um braço e Cody enrolado numa manta.

      Está bem, Sullivan estava a começar a agir com bom-senso.

      Rachel tentou pegar em Cody ao colo, mas Sullivan segurava-o com força. Ela arqueou uma sobrancelha e esperou.

      – Antes temos de falar – afirmou ele.

      – Não, falaremos depois. Depois de ter tentado dar de comer e mudar dois bebés. Depois de ter passado a noite sem dormir a tentar adormecê-los. Depois de não ter conseguido lavar os dentes e de terem manchado a sua melhor camisa. Então, falaremos.

      Ele cerrou os dentes e abanou a cabeça.

      – Como sabe que não vou levá-los para San Diego?

      Ela olhou para ele com os olhos semicerrados e agarrou em Cody com força.

      – Porque sei que é um homem de honra. Íntegro. Falei com o seu comandante – deu a volta ao todo-o-terreno e instalou Cody na sua cadeira. Deu-lhe um beijo na cabeça e tapou-o com a manta.

      Depois, baixou-se, apanhou alguns brinquedos do chão e deu-os aos bebés. Eles levaram-nos imediatamente à boca. Confiavam nela. A vida de um bebé de dez meses não era nada complicada.

      – Faço-o por vocês, crianças – replicou. – Não tenham piedade.

      Depois, voltou para o outro lado do carro.

      – Além disso, não assinei os papéis – depois estendeu o braço com a palma da mão para cima. – As chaves.

      – Pensei que ia levar as crianças – recordou-lhe ele, com

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