Castrado. Paulo Nunes
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— Por que não fazemos assim? Você vai para casa descansar e eu vou tentar dormir. Amanhã, depois das 14h, por que não vem aqui para passarmos a tarde juntos? Posso pedir nosso almoço na suíte. O que acha? — e lancei, em sua pupila, um olhar provocante.
— Já estou aqui, meu amor. Quero ficar. Deixe-me ficar — e continuava a beijar meu pescoço e deslizar sua mão em meu corpo, tentando-me convencer a ceder ao seu tesão.
— Não me preparei, Aidan. Não será bom se acontecer agora. Amanhã será melhor — e abracei-o, sentindo-o respirar fundo, enquanto buscava forças em seu interior para controlar todo aquele desejo.
— Tudo bem. Eu venho amanhã. Mas prometa que vai dormir, certo? Amanhã, precisa estar descansado. Chega de beber por hoje — e, finalmente, convenceu-se de que deveria ir embora.
— Prometo que vou tomar um banho e dormir para amanhã estar descansado.
Nisso, afastei-me dele, segurando em sua mão e conduzindo-o até a porta. Ele beijou minha boca demoradamente e, antes de sair, comentou:
— Olha como você me deixou — e riu, olhando para sua calça, que mostrava, claramente, seu membro excitado.
— Guarde toda essa energia. Prometo que resolvo isso amanhã. Boa noite! — e dei uma piscadela para ele, fazendo cara de safado.
— Uma última coisa. Vou contratar uma equipe para fazer a sua segurança. Ficarei mais tranquilo assim.
— Tudo bem, Aidan. Fazemos como você quiser. Boa noite! — e beijei seus lábios castamente.
— Boa noite, meu amor. Durma bem — respondeu ele.
Nunca senti um alívio tão prazeroso em toda a minha vida, quanto àquele ao fechar a porta. Obrigado, Senhor Jesus! Seria capaz de cantar um hino de louvor aos céus em agradecimento por ter me livrado dele naquele momento. Ainda ofegante, vi Ryder sair do banheiro, rindo do meu desespero. Depois de também me ver rir, ele perguntou:
— É seu namorado?
— Não. É o homem com quem vou me casar. E esta noite, você quase estragou meus planos. Onde estávamos mesmo? — perguntei.
— Você estava lambendo meu cu — respondeu ele, fazendo cara de quem estava gostando.
— É verdade. Pegue a camisinha. Agora, vou meter em você.
No dia seguinte, Aidan chegou à minha suíte no horário que combinamos. Estava preparado para uma tarde de sexo, pois necessitava me aproximar dele para que as coisas começassem a acontecer. Era um investimento, e estava disposto a fazê-lo. De fato, não foi um sacrifício tão grande ir para a cama com ele, pois, mesmo que a mescla de sentimentos confusos reinassem em minha mente, não podia ignorar que Aidan era gostoso, além de ser um dos homens mais bonitos de Nova Iorque. Pensei em tudo isso ao vê-lo caminhar faceiramente pela minha suíte, aproximando-se de mim, como criança que vai ao parque de diversões. Seu sorriso e felicidade eram evidentes. E, antes que ele me entregasse mais um buquê de flores que me trouxe, pedi:
— Deixe-as obre a mesa e feche as cortinas. Gosto de fazer no escuro — e virei-me na cama, ficando de ladinho, empinando minhas nádegas nuas, enquanto abraçava meu travesseiro, em um gesto infantil e manhoso.
Aidan obedeceu. Logo, deitou-se na cama, pressionando seu corpo contra o meu e começou a beijar minhas costas nuas, enquanto empurrava um dos seus sapatos contra o outro, livrando seus pés deles. Ele vestia uma calça jeans e uma camiseta branca, colada em seu tórax, o que valorizava seus braços depilados e fortes. Roçando em meu corpo, de ladinho, como me prometeu na noite anterior, passou a mordiscar minha orelha com seus lábios. Sua mão passeava entre minha cintura e coxas, e eu gemia cada vez que sentia sua excitação pressionar minhas nádegas.
— Está lindo, meu amor. Adoro vê-lo sem roupa e manhoso na cama. Fico com mais tesão ainda — falou, virando meu rosto para me beijar.
Sua língua não conseguia se controlar dentro da minha boca e passeava de forma suave, explorando-a. Aidan gemia baixinho e melava meus lábios em um beijo molhado e romântico. Meus olhos estavam fechados e o tesão que sentia era tamanho, ao ponto de me fazer contorcer o corpo inteiro, enquanto ansiava o momento em que ele entraria inteiro em mim. Percebendo o quanto eu estava entregue àquele momento, ele deslizava as pontas dos dedos sobre meus braços e coxas, em um movimento de prazer torturante e angustiante para mim. Eu gemia, retorcia-me e extasiava-me com o que ele fazia. Nisso, sussurrou:
— Meu pau está molhado. Você quer chupar? — perguntou ele, quase que implorando para sentir novamente minha boca morna em seu pênis.
Arfei duas ou três vezes, quase que ao mesmo tempo. E respondi:
— Não. Por favor, coma-me. Enfie bem devagarinho. Está com muito tempo que eu não transo.
Ouvi a respiração dele estremecer. Abri meus olhos e fitei-o. Suas pupilas reluziam. Então, obediente, ele abriu o botão da calça, abaixou-a com a cueca até metade das coxas e pediu para eu levantar a perna. Em segundos, senti seus dedos gelados lubrificarem meu ânus de saliva. Ao dar o primeiro gemido, Aidan abriu a boca e franziu a testa, possuído de prazer. Retorci meu pescoço para trás e molhei meu lábio inferior, apertando-o com meus dentes. Ele me beijou e enfiou a ponta do dedo em meu ânus, mordiscando meus lábios com os seus, ainda com a respiração estremecida.
— Ai, meu amor. Devagar. Está doendo — pedi, manhosamente.
O corpo dele estremeceu.
— Não diga essas coisas, meu amor. Fico com mais tesão, se ficar falando.
— Por favor, coma-me. Enfie só a cabecinha. Tenho medo de doer.
— Não vou machucar você. Vou enfiar só a cabeça e bem devagar. Prometo — respondeu, sussurrando.
Ele molhou seu membro com saliva e mirou bem, até que foi enfiando com calma. Senti minhas carnes se alargarem, quando sua glande entrou. Gemi e pedi, provocando-o:
— Devagar. Por favor. Enfie devagar — em tom de súplica.
Aidan enlouquecia ao me ouvir falar e gemer. Percebi que ele mexia o quadril, enquanto levantava minha perna para facilitar a penetração. Ele me invadia com cuidado, suavemente, olhando para meu rosto. Comecei a gemer mais e mais e a pedir para ele não enfiar tudo. Fechei meus olhos e entreguei-me àquele prazer. Fazendo charme e manha para ele, repetia que estava doendo:
— Aidan, está doendo. Enfie devagar. Está doendo, meu amor...
Gemendo e falando, senti meu ânus ficar úmido quase que instantaneamente. Nisso, ouvi um grito demorado dele em meu ouvido, enquanto derreou sua cabeça sobre meu pescoço, explodindo de prazer.
De novo? Não acredito que ele já gozou! Encarei-o com cara de ódio. E, antes que eu esbravejasse, ele falou:
— Por favor, perdoe-me. Eu não aguentei. Desculpe. Desculpe...
Afastei-me dele, levantei-me da cama e gritei:
— Você não é homem nem para me comer direito, Aidan? Saia do